domingo, 25 de setembro de 2011

diário, pag. 12

(...) E a cada vento que atravessava a janela, me fazia atropelar a cortina em seu voo ainda mais alto que queria arrancar-se dos trilhos e sair a voar campo à fora. Eu a segurava como a ansiedade que fisgava em meu peito. Adormeci em pé, estática, e cada vez que eu quisesse me fixar em algum ponto, mesmo que torto, minhas pernas estremeciam. O reflexo do sol me deixou tonta. Cada vez que eu pensava em criar raízes o vento vinha e me balançava para que eu pudesse acordar pra vida.

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